A chamada grande depressão econômica
de 1929 dos Estados Unidos com o colapso das bolsas de valores, fechamento de
fábricas teve efeitos em todo o mundo, já que os EUA estavam tornando-se uma
das maiores e influentes economias do globo. Os efeitos dela no Maghreb, em
especial na Argélia, começaram a serem sentidos plenamente a partir de 1932,
período em que estava desenvolvendo-se potencialmente no aspecto econômico.
Pela economia dos colonos ser
basicamente exportadora, ela dependia do mercado externo. Os setores agrícola e
mineiro viram os preços de suas mercadorias baixarem e as vendas diminuírem
drasticamente provocando o fechamento de minas e o endividamento de
fazendeiros, principalmente os que tinham equipamentos mecanizados adquiridos
por meio de crédito “já não foram mais capazes de honrar seus compromissos para
com os diversos organismos de crédito de que eram devedores” (KASSAB, p. 502).
A economia da população autóctone
também sofreu os efeitos da crise, especialmente em relação aos produtores
agrícolas inseridos nos circuitos internos e internacionais de comércio.
Mas tanto pequenos e grandes produtores
autóctones e colonos europeus sentiram a consequência da crise, sendo que parte
endividou-se e foi à falência. Outra parte dos endividados recorreu a
empréstimos e a hipotecar seus bens, quando possível em instituições bancárias
ou de crédito agrícola, ou, no caso dos pequenos e médios agricultores, a
contrair empréstimos com agiotas em suas localidades. “A crise acentuou
consideravelmente as diferenças sociais, ao permitir que financistas (muitas
vezes agiotas), grandes comerciantes e ricos proprietários de imóveis urbanos
ou rurais aumentassem desmedidamente a sua fortuna” (p. 505) adquirindo as
terras dos falidos.
Outro efeito da crise foi o êxodo rural
das populações que já não tinham mais terras e enfrentavam a pobreza, e a
consequente formação na periferia dos centros urbanos para onde migravam de
favelas. Nas cidades, a crise econômica fechou oficinas, minas, paralisou obras
e provocou o desemprego da população. A exemplo disso, em Argel, no ano de 1932
12% dos operários da construção civil estavam desempregados, número que subiu
para 77% em 1935.
Frente a essa situação o Estado passou a
intervir criando medidas para auxiliar na agricultura colonial e proteger os
devedores instituindo, por exemplo, a Caisse des Prêts de Consolidation¹ (1932)
reduzindo dívidas e concedendo empréstimos hipotecários aos endividados. O
governo francês procurou incentivar a diversificação de culturas, devido aos
riscos da monocultura e para assim se poder encontrar novos mercados
consumidores.
O
Estado introduziu também a política de campesinato, visando a população
autóctone, de 1933 a 1935 porque “a miséria das comunidades rurais e
efervescência nacionalista daí resultante levaram as autoridades francesas a
refletir sobre a sorte dos fellahin²
norte-africanos”. Essa política consistia em dar créditos, subvenções e
empréstimos de consolidação aos fellahin
e muçulmanos criando fundos e instituições específicas para estes grupos,
visando também modernizar as técnicas de produção, em especial dos fellahin. Porém essas medidas não foram
suficientes nem levadas adiante.
A economia do Maghreb em geral, e em
específico da Argélia continuou agrícola com poucas indústrias de transformação
de matéria-prima, que em geral eram de pequeno porte, essencialmente
propriedade de europeus. Dado disso é que em 1938 a mão de obra operária
argelina era de 40 mil pessoas. Contudo, as cidades desenvolviam-se cada vez
mais, atraindo a população agrária em busca de emprego para atuarem no setor
terciário que, ao contrário do setor secundário, era bem desenvolvido.
¹
Em tradução livre Fundo de empréstimos de consolidação
²
Fellahin em árabe significa
agricultor, camponês
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